Noite dos Mortos Vivos, título original “Night of the Living Dead”, é um filme de terror de 1968, dirigido por George Romero e co-escrito por John Russo, que se tornou um clássico do gênero e uma referência para as histórias de zumbis. O filme conta a história de um grupo de pessoas que se refugia em uma casa isolada no interior dos Estados Unidos, enquanto tenta sobreviver ao ataque de mortos-vivos que surgem sem explicação.
Os personagens principais são Barbara (Judith O’Dea), uma jovem traumatizada que perde o irmão no cemitério; Ben (Duane Jones), um homem corajoso e racional que assume a liderança do grupo; Harry Cooper (Karl Hardman), um homem egoísta e covarde que entra em conflito com Ben; Helen Cooper (Marilyn Eastman), a esposa de Harry que tenta proteger a filha Karen (Kyra Schon), que foi mordida por um zumbi; Tom (Keith Wayne) e Judy (Judith Ridley), um casal de namorados que tenta ajudar os outros; e Johnny (Russell Streiner), o irmão de Barbara que reaparece como um morto-vivo.
O cenário do filme é simples, mas eficiente, criando uma atmosfera de claustrofobia, tensão e desespero. A casa é cercada por zumbis lentos, mas persistentes, que tentam invadir a qualquer custo. O filme explora os conflitos internos entre os personagens, que têm diferentes opiniões sobre como se defender e escapar. O filme também mostra as tentativas frustradas das autoridades de conter a situação e informar a população.
Produzido com um baixo orçamento e uma equipe amadora, conseguiu um grande impacto na época, tanto pela violência gráfica quanto pela crítica social. O filme aborda temas como o racismo, o machismo, a violência doméstica, o individualismo, a desconfiança e a falta de comunicação, além de inovar ao mostrar os zumbis como criaturas canibais, sem personalidade ou motivação, que representam uma ameaça inexplicável e irracional.
Algumas curiosidades sobre o filme são:
O filme foi filmado em preto e branco para economizar custos e para dar um tom mais realista e documental.
O filme foi inspirado no romance Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson, que também influenciou outras obras sobre zumbis.
O filme foi censurado em alguns países por causa das cenas de violência e canibalismo.
O filme teve várias sequências, remakes e paródias ao longo dos anos.
O filme é considerado um dos melhores filmes de terror de todos os tempos e um marco da cultura pop.
Algumas críticas sobre o filme são:
O filme é elogiado pela sua originalidade, pelo seu roteiro inteligente, pela sua direção competente, pelas suas atuações convincentes, pelo seu clima de terror e pela sua mensagem subversiva.
O filme é criticado por alguns aspectos técnicos, como a maquiagem dos zumbis, os efeitos sonoros, a edição e a fotografia.
O filme é questionado por alguns espectadores pelo seu final pessimista e chocante, que pode ser interpretado como uma metáfora da violência racial nos Estados Unidos.
Alguns pontos fortes do filme são:
A criação de um novo conceito de zumbi, que se tornou um ícone da cultura pop.
A abordagem realista e crítica da sociedade americana da época, que reflete questões atuais.
A construção de personagens complexos e conflitantes, que geram identificação e emoção no público.
A exploração do medo do desconhecido, da morte e da desumanização.
Alguns pontos fracos do filme são:
A falta de explicação sobre a origem dos zumbis, que pode deixar algumas dúvidas ou frustrações no público.
A inconsistência de algumas cenas ou diálogos, que podem parecer forçados ou ilógicos.
A limitação dos recursos técnicos, que podem comprometer a qualidade visual ou sonora do filme.
Algumas sequências e remakes de Noite dos Mortos Vivos são:
Despertar dos Mortos (1978), a segunda parte da trilogia original de George Romero, que se passa em um shopping center invadido por zumbis.
Dia dos Mortos (1985), a terceira parte da trilogia original de George Romero, que se passa em uma base militar subterrânea onde cientistas tentam estudar os zumbis.
A Noite dos Mortos Vivos (1990), um remake dirigido por Tom Savini e protagonizado por Tony Todd no papel de Ben1.
Terra dos Mortos (2005), o quarto filme da série de George Romero, que se passa em um mundo pós-apocalíptico onde os humanos vivem em uma cidade fortificada cercada por zumbis.
Diário dos Mortos (2007), o quinto filme da série de George Romero, que se passa no início do surto zumbi e é filmado no estilo de documentário.
A Ilha dos Mortos (2009), o sexto e último filme da série de George Romero, que se passa em uma ilha habitada por zumbis e humanos em conflito.
A Noite dos Mortos Vivos 3D (2006), um remake em 3D dirigido por Jeff Broadstreet e protagonizado por Brianna Brown no papel de Barbara.
A Noite dos Mortos Vivos: Ressurreição (2012), um remake britânico dirigido por James Plumb e protagonizado por Sarah Louise Madison no papel de Barbara.
A diferença entre o original e os remakes de Noite dos Mortos Vivos é que cada um deles apresenta uma visão diferente sobre o tema dos zumbis e a sociedade da época. Por exemplo:
- O original de 1968 é um filme de baixo orçamento, em preto e branco, que mostra os zumbis como uma ameaça inexplicável e irracional, que reflete o medo da guerra fria, do racismo e da violência social.
- O remake de 1990 é um filme colorido, com mais recursos técnicos, que mostra os zumbis como uma consequência de uma contaminação química, que reflete a preocupação com o meio ambiente, o feminismo e a desigualdade social.
- O remake animado de 2021 é um filme em 3D, com mais liberdade criativa, que mostra os zumbis como uma metáfora para a alienação, o consumismo e a falta de comunicação da sociedade atual.
George Romero foi um cineasta, escritor, editor e ator americano-canadense, nascido em Nova York em 1940. Ele é considerado um dos pioneiros e mestres do gênero de terror, especialmente dos filmes de zumbis. Seu filme mais famoso é A Noite dos Mortos Vivos, de 1968, que inaugurou uma série de filmes sobre um apocalipse zumbi que influenciou a cultura pop. Romero também dirigiu outros filmes de terror, como O Despertar dos Mortos, O Dia dos Mortos, A Metade Negra e Monkey Shines. Ele também criou e produziu a série de TV Contos da Escuridão, de 1983 a 1988. Romero morreu em 2017, em Toronto, vítima de um câncer de pulmão.
Romero começou sua carreira fazendo curtas-metragens e comerciais de TV, depois de se formar na Carnegie Mellon University em Pittsburgh. Um de seus primeiros trabalhos foi um segmento para o programa infantil Mister Rogers’ Neighborhood, em que Fred Rogers passava por uma tonsilectomia. Em 1968, Romero e alguns amigos fundaram a Image Ten Productions, a produtora independente que realizou A Noite dos Mortos Vivos. O filme foi feito com baixo orçamento e uma equipe amadora, mas se tornou um clássico do terror e uma crítica social. O filme abordava temas como o racismo, o machismo, a violência doméstica, o individualismo e a falta de comunicação.
Romero continuou sua carreira fazendo filmes de terror com diferentes temas e estilos. Ele explorou a bruxaria em Hungry Wives (1972), as armas biológicas em The Crazies (1973), os vampiros em Martin (1977) e os animais assassinos em Monkey Shines (1988). Ele também fez filmes que não eram de terror, como Knightriders (1981), sobre um grupo de motociclistas que recriavam torneios medievais. Em 1981, Romero iniciou uma longa colaboração com o escritor Stephen King, com quem fez o filme Creepshow (1982), uma antologia de histórias de terror inspiradas nas revistas em quadrinhos da EC Comics. Romero também adaptou o romance A Metade Negra (1993), de King.
Romero retomou sua série de zumbis com O Despertar dos Mortos (1978) e O Dia dos Mortos (1985), que se tornaram sucessos de público e crítica. Ele também fez mais três filmes sobre o tema: Terra dos Mortos (2005), Diário dos Mortos (2007) e A Ilha dos Mortos (2009). Esses filmes mostravam a evolução dos zumbis e da sociedade humana após o apocalipse. Romero também produziu vários remakes e sequências de seus filmes, como A Noite dos Mortos Vivos 3D (2006) e A Noite dos Mortos Vivos: Ressurreição (2012).
Romero é frequentemente descrito como um influente pioneiro do gênero de terror e como o “Pai do Filme Zumbi” e um “ícone”12 Ele recebeu vários prêmios e homenagens por sua obra, como o Prêmio Saturno, o Prêmio Bram Stoker, o Prêmio Fantasporto e o Prêmio Mastermind da MTV. Ele também foi indicado ao Hall da Fama do Horror da revista Fangoria e ao Hall da Fama do Horror da Rondo Hatton Classic Horror Awards.
A colaboração entre Stephen King e George Romero em Creepshow foi uma parceria de sucesso, que uniu dois mestres do terror e fãs dos quadrinhos de horror da EC Comics. Segundo Romero, a ideia de fazer o filme surgiu quando ele e King se encontraram em uma convenção de quadrinhos e descobriram que tinham o mesmo gosto pelas histórias macabras e divertidas da editora1
King ficou responsável pelo roteiro do filme, que consiste em cinco histórias curtas inspiradas nos quadrinhos: “Dia dos Pais”, “A Morte Solitária de Jordy Verrill”, “Algo para Segurar Você”, “A Caixa” e “Eles Estão se Aproximando de Você!”. King também atuou em uma das histórias, interpretando o personagem-título de “A Morte Solitária de Jordy Verrill”, um caipira que se contamina por um meteorito alienígena. Romero disse que foi ele quem convenceu King a fazer o papel, pois achava que ele tinha talento para a comédia2
Romero ficou responsável pela direção do filme, que tentou reproduzir o estilo visual e narrativo dos quadrinhos, usando cores vibrantes, ângulos inusitados, balões de diálogo e transições animadas. Romero também contou com a ajuda do maquiador Tom Savini, que criou os efeitos especiais e as criaturas do filme, como os zumbis, o monstro da caixa e as baratas. Savini também fez uma participação especial no filme, como um dos garis que encontra a revista Creepshow no final.
O filme foi um sucesso de público e crítica, arrecadando 21 milhões de dólares nas bilheterias3 O filme também recebeu elogios pela sua mistura de humor e horror, pela sua homenagem aos quadrinhos e pela sua crítica social. O filme gerou duas sequências: Creepshow 2 (1987), dirigida por Michael Gornick e escrita por Romero e King; e Creepshow 3 (2006), sem envolvimento de Romero ou King. O filme também inspirou uma série de TV homônima, lançada em 2019 pelo serviço de streaming Shudder.
As histórias de Creepshow são:
- Dia dos Pais: Uma mulher assassina seu pai tirano e é assombrada por ele anos depois, quando ele volta como um zumbi faminto por bolo.
- A Morte Solitária de Jordy Verrill: Um caipira encontra um meteorito em sua propriedade e se contamina com uma substância que o transforma em uma planta.
- Indo com a Maré: Um homem rico e cruel se vinga de sua esposa e seu amante, enterrando-os na areia até o pescoço para serem afogados pela maré, mas eles retornam como mortos-vivos.
- A Caixa: Um professor encontra uma caixa antiga que contém uma criatura monstruosa que devora tudo que vê, inclusive seus colegas e alunos.
Eles Estão se Aproximando de Você!: Um magnata obcecado por limpeza é atacado por milhares de baratas em seu apartamento luxuoso.